terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

`As Arteiras de Macaé’ União de talentos


Num mix de talento e muita criatividade, um novo grupo de artesãs surge no cenário macaense. Trata-se de “As Arteiras de Macaé”, que leva o apoio da Secretaria Municipal de Trabalho e Renda, através do Secretário Marcos Crespo, contando ainda com o apoio total da Sociedade Musical Nova Aurora.


Assim, a turma ‘As Arteiras de Macaé’ mostra seus trabalhos semanalmente, em exposição realizada todas as sextas e sábados, na sede da Nova Aurora. Realmente, os trabalhos ultrapassam os limites das técnicas dos artesanatos, misturando-se a arte e fazendo o artesão avançar sem limites no universo artístico.


Somando um total de 23 artesãs, o grupo é coordenado por Maria da Paz Oliveira Rodrigues de Almeida, tendo como secretária Márcia Silva.


A mostra consta de belos produtos, numa variedade de artesanato surpreendente, atendendo a todos que buscam bom gosto e qualidade.


Os preços variam entre R$ 1,00 e R$ 480,00. A diversidade de produtos inclui peças em crochê, partchwork, bordados, bolsas, tapetes, almofadas, colchas, sandálias decorativas, arranjos florais, blusas customizadas, trabalhos em madeira e pedras, além de panos de prato, kit de cozinha, de banheiro e de bebê, e lembranças de Macaé.


‘As Arteiras de Macaé’


Expondo inicialmente na varanda da casa da irmã, Márcia Silva um dia recebeu um convite da Subsecretaria de Política para as Mulheres, para participar de uma exposição.


Durante o evento, Márcia conheceu outras artesãs e daí surgiu a vontade de montar um grupo que pudesse mostrar os seus trabalhos de forma sistemática.
Uma artesã foi chamando outra, e mais outra, até que o grupo organizado conquistou o apoio do secretário Marcos Crespo e da presidente da Nova Aurora, Inêz Patrocínio, formando assim “As Arteiras de Macaé”.


Vivendo da arte


Conhecida como Rosa, a artesã Roselene Moreira Neves fala com satisfação que hoje vive somente do produto das vendas do seu trabalho. Nascida em Conceição de Macabu e vivendo em Macaé há 10 anos, ela era faxineira, e vivia cansada, sem tempo de cuidar dos quatro filhos com marido desempregado.


Um dia conheceu a Escola Municipal de Qualificação para o Trabalho, onde ingressou no Curso de Pintura em Molde. Gostou tanto, que se matriculou em vários outros cursos da escola, fazendo um pela manhã, outro à tarde e outro à noite. “Hoje o artesanato é o sustento de minha família”, afirmou.


História de superação


Um exemplo de superação apresenta a artesã Maria Carvalho dos Santos. Após perder o seu filho único, a paraibana veio morar em Macaé e, para vencer a tristeza e profunda depressão, começou a fazer alguns trabalhos manuais.


Na feirinha da Praça Veríssimo de Melo, ela conheceu um outra artesã que a estimulou a fazer algumas peças. “Venci a tristeza e nunca mais tomei um remédio de tarja preta”, contou ela.


Vencendo a doença


Já a artesã macaense Maria da Conceição Sodré conta que revendia queijo, e nesta função carregava muito peso, fato que acarretou a contração de uma hérnia de disco. Sem poder mais sair para vender os produtos e necessitando de uma renda, ela começou a fazer alguns artesanatos deitada na cama. Na época, ela também perdeu um filho de 19 anos vítima de acidente.


Também para vencer a doença e depressão, ela se aprofundou nos trabalhos artesanais, comercializando os produtos. E hoje, sustenta filha e dois netos.


Paixão pelo artesanato


Exercendo a atividade de doméstica, a artesã pernambucana Janaína Hora de Souza viu um trabalho em pedras, numa revista e se apaixonou. Comprou a revista, fez o curso por correspondência, buscou aperfeiçoamento e hoje sustenta as filhas. “Agora, estou trabalhando para comprar um terreninho, construir minha casa e sair do aluguel”, declarou a artesã

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