quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Parceria vai oferecer 3,2 mil vagas para cursos profissionalizantes

Redação de Jornalismo

Créditos da foto: Wanderley Gil/ Arquivo

Um acordo verbal entre a Secretaria de Trabalho e Renda do Estado e sua equivalente municipal deve trazer uma série de novos cursos a Macaé. Serão vagas para qualificar 3,2 mil pessoas em 28 especialidades - de início todas voltadas para a indústria naval, por ser uma das principais demandas da região. A parceria deve ser firmada oficialmente, com assinatura de protocolo, durante a Feira Brasil Offshore, que tem início na próxima terça-feira e deve receber as autoridades estaduais que vão rubricar os papéis da parceria.

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Quem comemorava a oportunidade ontem era o subsecretário de Trabalho e Renda de Macaé, Marcos Vinícius Crespo. Ele foi até o Rio de Janeiro junto com o secretário de Desenvolvimento Econômico da cidade, Cliton Santos, para fechar o acordo diante do responsável pela pasta no Estado, Ronald Azaro. “É um importante avanço, que será disponibilizado pelo Planseq”, lembra Crespo. Ele se refere ao Plano Setorial de Qualificação, que agora começa a chegar ao interior do Estado a partir de um conjunto de ações envolvendo também o governo federal.

De acordo com Crespo, este é um dos passos que começa a fortificar uma série de ações a serem oferecidas na subsecretaria: carteira de trabalho, seguro-desemprego, cartão cidadão, CPF, vagas de emprego e curso. Alguns destes serviços já são feitos por lá, no início da Télio Barreto. Outros a caminho. “Fechamos com a gerência da Caixa Econômica Federal, a partir do mês que vem vamos distribuir aqui o cartão cidadão”, conta o subsecretário. Este cartão magnético - relativo a serviços da União - é emitido inicialmente pela Caixa e permite consultas ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, quotas do PIS e também sacar benefícios caso tenha direito.

Agência do Sine muda de endereço

Outra novidade que deve fazer parte do complexo da Subsecretaria de Trabalho e Renda de Macaé será o funcionamento da agência estadual do Sistema Nacional de Emprego (Sine) na cidade. O posto, que funciona atualmente em frente à rodoviária, no Centro, deve se mudar para as dependências da subsecretaria. “Estamos de certa forma copiando o Poupatempo, aplicado em São Paulo”, afirma Crespo.

Estes postos do Poupatempo foram implementados no Estado de São Paulo em 1996 e oferecem num mesmo local diversos serviços públicos ao cidadão - como carteira de identidade, atestado de antecedentes criminais e carteira profissional. Há dois anos, a partir de uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), foi revelado que mais de 90% dos usuários deste sistema aprovavam seu funcionamento em grandes cidades de São Paulo. O Poupatempo ainda tem unidades móveis atendendo diferentes regiões daquele Estado próximas à capital, além de quatro outras unidades móveis que atendem o interior.

“Quando fui convidado pelo prefeito, o objetivo definido foi esse mesmo: centralizar o maior número de serviços possíveis aqui na subsecretaria”, lembra Crespo. “Mesmo porque o prédio é enorme”, completa ele, lembrando que a situação de quem está a procura de emprego é emocionalmente frágil e não convém que fique indo de um lado para o outro em busca de alguma vaga no mercado de trabalho. “Temos aqui, inclusive, programas que fazem filtro do perfil do trabalhador”, destaca o subsecretário. Este filtro, que na verdade é um programa de computador, ajuda a destinar o candidato para uma vaga com a qual ele mais se encaixe.

Central será inaugurada em julho

No futuro próximo da Subsecretaria de Trabalho e Renda de Macaé está a inauguração da Central do Trabalhador do município (CTM). Instalada na Télio Barreto, no Centro da cidade, o local vai oferecer sistema para a colocação de pessoas em empregos. Ele vem a se unir com o Sine que logo estará também de casa nova. Este posto oferece todos os serviços do Estado, tais como balcão de empregos, emissão de carteiras profissionais, entrada no seguro desemprego, ouvidoria do trabalho e balcão de emprego para deficientes. De acordo com o governo do Estado, o Sine em Macaé está passando por uma reestruturação.

As novas atividades na cidade vêm em boa hora. Isso porque, muito em função da crise financeira, Macaé também sofre com o baque de empregos. O mês de março foi o que apresentou os piores índices entre demissão e contratação com carteira assinada na cidade nos últimos quatro anos. Foi uma espécie de fundo do poço que começou a ter recuperação em abril, com 173 vagas criadas, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Quem vem elevando o saldo entre contratados e desligados é a indústria de petróleo e gás. Em abril, esta área ficou com saldo positivo de 1,8 mil novos empregados - compensando rendimento de setores como construção civil, agropecuária e comércio. Nesta semana, o MTE apontou a sétima queda consecutiva de emprego na indústria - isso levando em consideração dados nacionais. Divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o indicador teve queda de 0,7% em abril, na comparação com março, e configura a menor taxa de ocupação desde o início da série histórica, em 2001. “A indústria, hoje, atipicamente, continua sem crescer. Mas toda a cadeia produtiva de todos os outros setores do Brasil estão crescendo”, afirmou o ministro Carlos Lupi.

Serviços oferecidos

Uma série de serviços será oferecido a partir da Subsecretaria de Trabalho e Renda, que funciona no início da Télio Barreto, no Centro de Macaé. O local vai funcionar como uma espécie de Poupatempo, central aplicada no Estado de São Paulo. Confira alguns dos trabalhos:

- Carteira de trabalho: assim como o posto do Ministério do Trabalho na cidade, localizado na Imbetiba, a subsecretaria também faz este serviço.

- Seguro desemprego: outra atividade realizada por lá. Logo, o cartão cidadão fornecido pela Caixa será também fornecido por meio da subsecretaria.

- CPF: fornecimento do cartão de entrada no Cadastro de Pessoas Físicas. A ideia é centralizar os serviços para que o cidadão não precise se locomover de um lugar para o outro no município.

Fonte: O Debate Diário de Macaé,pág.3. publicado em 11 de junho de 2009.

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