Jornalista: Catarina Brust
Maioria dos trabalhadore têm boa escolaridade, só falta qualificação específica para o mercado
Auxiliar de escritório, recepcionista, vendedor de comércio varejista, assistente administrativo e plataformista (petróleo). Essas são as cinco profissões das 20 que mais foram encaminhadas ao mercado de trabalho pela Central do Trabalhador de Macaé (CTM), órgão vinculado à subsecretaria de Trabalho e Renda da prefeitura. A pesquisa foi realizada nos meses de julho e agosto de 2009 com mil trabalhadores que procuraram o serviço. O levantamento foi realizado pela equipe multidisciplinar da CTM.
- O objetivo, com essa amostragem, é identificar o perfil do trabalhador que busca os serviços de intermediação de mão de obra oferecidos na subsecretaria, através da CTM. A finalidade é nortear as diretrizes das ações propostas como: orientação ao trabalhador, apresentação pessoal, processos seletivos, direitos trabalhistas e ações de qualificação -, observa o subsecretário de Trabalho e Renda, Marcos Vinícius Marins Crespo.
A maioria dos trabalhadores atendidos pela CTM é composta por homens (63,23 %). O perfil do trabalhador elaborado pela Central registra que o maior número de candidatos a vagas de emprego está na faixa etária entre os 25 e 44 anos (63%), depois 18 a 24 anos (29%), 45 a 60 anos (7%) e acima de 60 anos (1%).
O mais surpreendente da pesquisa é que os trabalhadores que procuram o serviço da prefeitura têm boa escolaridade: médio completo (61%), fundamental completo (15%), superior (14%), fundamental incompleto (8%), médio incompleto (1%) e outros (1%). A maior parte é composta de solteiros (66%) e casados (26%), chefes de família (69,4%). A renda familiar média é de R$ 1.037.
- Podemos concluir que eles possuem um bom nível de escolaridade, porém necessitam de uma qualificação técnica específica voltada para a área offshore e onshore, para que consiga ser inserido no mercado de trabalho. Apesar da maior escolaridade do trabalhador atendido pela CTM, também podemos observar que a maioria dos encaminhamentos realizados referem-se a profissões que exigem um menor nível de escolaridade, podendo isso ser observado no maior números de encaminhados para área de construção civil, completa o subsecretário.
De acordo com Marcos Crespo, o governo municipal deve oferecer oportunidades de qualificação profissional que permitam uma qualificação rápida e que realmente ofereçam condições de inserção no mercado. ”Temos que considerar também informações estratégicas. De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Macaé se prepara para receber R$ 109,5 milhões em três novos investimentos, que devem gerar cerca de 4,5 mil empregos”, informa.
Os empreendimentos são fruto das articulações feitas pela prefeitura para a atração de novas empresas para a cidade, fora do setor de petróleo e gás. Já sinalizaram para a instalação na cidade a indústria fitoterápica Hebron, da cidade de Caruaru (PE); parte do projeto da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e uma montadora de ônibus, que tem base e estrutura para exportar, além de importar.
As 20 ocupações mais encaminhadas (não inseridas) registradas no Sistema da CTM de julho a agosto de 2009 que correspondem a 44,5% do total de realizados.
1º Auxiliar de escritório, em geral
2º Recepcionista, em geral
3º Vendedor de comércio varejista
4º Assistente administrativo
5º Plataformista (petróleo)
6º Faxineiro
7º Cozinheiro geral
8º Empregado doméstico nos serviços gerais
9º Operador de caixa
10º Montador de andaimes (edificações)
11º Vigia
12º Soldador
13º Motorista de caminhão (rotas regionais e internacionais)
14º Pintor de estruturas metálicas
15º Pedreiro
16º Técnico em segurança no trabalho
17º Motorista de carro de passeio
18º Servente de obras
19º Garçom
20º Atendente de lanchonete
Fonte: http://macae.rj.gov.br/noticias.php?page=leitura&idNoticia=18147 publicado em 17 de set. 2009.
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